terça-feira, 1 de julho de 2008

MIT Portugal e FAE promovem debate sobre futuro da energia

Tanto as tecnologias aplicadas às energias renováveis como ao sequestro de carbono poderão constituir grandes oportunidades de negócio nos países em vias de desenvolvimento, disse Gregory McRae, especialista do Massachusetts Institute of Technology (MIT). O responsável falava no debate «A energia nas economias do futuro», promovida pelo Fórum de Administradores de Empresas (FAE) e o Programa MIT – Portugal, que decorreu no passado dia 27 de Junho, no Museu da Electricidade.
«Estas são duas áreas que têm recebido pouca atenção, mas que têm um potencial a curto e médio prazo. São os recursos energéticos locais e os serviços energéticos inteligentes e eficientes capazes de oferecer não só a oportunidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, mas também o consumo de energia e os custos», afirmou Stephen Connors, investigador e professor do MIT, que sugeriu uma abordagem «bottom up» para a nova economia energética. Esta passaria por uma eficiência agressiva pelo utilizador final, diversificação dos fornecimentos energéticos com recursos domésticos, modernização das redes energéticas para que os aspectos de oferta e procura local de energia sejam capturados.
Oliveira Fernandes, presidente executivo da Galp, lamentou o facto de a conferência ser do ponto de vista do abastecedor de energia, e não da procura. «Não nos preocupamos como utilizamos a energia ao nível do utilizador. Temos de olhar para o problema da customização e da descentralização, ver quais as formas de energia que temos à mão, olhando para o global», afirmou o responsável, acrescentando que é necessário «pôr os preços normais e não preços políticos. O gás natural tem de ter um preço que estimule a sua adopção», advogou.

(Fonte: Sofia Vasconcelos)

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