terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aldeia da Vila da Ponte aderiu à energia solar

Com pouco mais de cem habitantes e 40 painéis solares instalados, Vila da Ponte tornou-se na aldeia mais renovável do concelho e, por ventura, da região. A opção beneficia o ambiente, mas foi feita a pensar na economia.
As contas estão mais que feitas. Antes da instalação de quatro painéis solares, o professor Alcino Moura gastava cerca de três mil litros de gasóleo para aquecer a casa e ter água quente. Agora, com o sistema solar a funcionar em paralelo com a caldeira tradicional, gasta apenas mil. Ao certo, o proprietário do Restaurante Residencial a Cista só vai saber quanto vai poupar quando tiver de voltar a encher o depósito de gasóleo da caldeira. Mas, porque desde que os painéis solares estão a funcionar, o sistema anterior funciona "muito menos", acredita que a economia venha a ser significativa. Aliás, tenciona mesmo reforçar o sistema que aproveita a luz do sol.
No centro da aldeia, Maria Alves também aderiu aos painéis que transformam energia solar em água quente. "O meu é só para os banhos", explica. E dá resultado? A água sai quente? "Ai dá! Até dá para pelar as galinhas", responde. A vizinha, também Maria, mostra-se igualmente satisfeita com o investimento. Abre a torneira da cozinha para mostrar que a água sai a "escaldar". O contador instalado no local exibe mais de 70 graus.
Neste momento, na aldeia da Vila da Ponte, em Montalegre, são já 40 os painéis solares instalados. Metade são térmicos e a outra metade fotovoltaicos, ou seja, destinam-se à produção de energia que irá ser comprada pela EDP e integrada na rede de distribuição. Neste momento, Alcino Alves aguarda apenas uma última vistoria para começar a vender a energia que vai produzir a partir dos dispositivos colocados no telhado da própria casa. Entrará, assim, na restrita lista de pessoas que fazem microgeração, ou seja, consumidores que geram energia através com equipamentos de pequena escala. A inscrição nas vagas abertas pelo Governo é feita via Internet no portal "Renováveis na Hora". "Tive sorte. Mal fui aceite, o sistema fechou passados dois minutos", recorda. A quota de produção de Alcino é de 3,68 quilowatts.
Apesar dos apelos e incentivos constantes à protecção do ambiente, não foi por este motivo, nem por força da Lei (ver caixa), que a Vila da Ponte de transformou, por ventura, na aldeia com mais painéis solares por habitante. Foi graças aos apelos de um filho da terra que abriu, em Braga, uma empresa de comercialização e montagem deste tipo de sistema. João Alves decidiu começar a mostrar as vantagens dos peinéis na terra natal. Sobretudo, económicas. "Eu puxo sempre pela parte económica, mas mesmo assim não é fácil", lembra o jovem, que garante aos conterrâneos que gastem duas botijas de gás por mês, que conseguirão reaver o investimento em três anos. Para abastecer de água quente uma família de quatro pessoas, o sistema de painéis solares, instalação incluída, custa cerca de 2 mil euros. No entanto, cerca de um terço do investimento é dedutível em IRS. "É compensatório", conclui João Alves.
Menos dependente do petróleo e mais à mercê da generosidade do sol, à população da Vila da Ponte resta agora pedir que este brilhe com muita intensidade. Uma vantagem em relação às grandes cidades para que o sistema funcione melhor já tem: níveis de poluição muito inferiores.

(Fonte: Margarida Luzio)

Mais de 40 entidades unem-se para promover responsabilidade social

Dinamizar actividades de promoção e implantação da responsabilidade social em Portugal, nas instituições públicas, empresas e organizações privadas é o objectivo da Rede Nacional de Responsabilidade Nacional das Organizações (Rede RSO PT), que é actualmente coordenada pelo Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ).
IBM, HP, Pestana, Somos, Associação Industrial Portuguesa, RSE Portugal, autarquias, IAPMEI e várias organizações não governamentais são alguns dos membros que integram esta entidade, criada no passado mês de Maio.
Neste momento, a rede conta com 40 parceiros, mas, até final do ano, o objectivo é chegar aos 200 membros.
Margarida Segard, coordenadora do projecto, explica ao AmbienteOnline que a iniciativa surgiu ao abrigo da iniciativa Equal, co-financiada pelo Fundo Social Europeu, que visa implantar a responsabilidade social em Portugal.
Workshops, acções de formação, consultoria em empresas e organizações e campanhas em órgãos de comunicação social são algumas das formas que a rede vai usar para fazer crescer uma rede de responsabilidade social das organizações.

(Fonte: Tânia Nascimento)

Amarsul conquista certificação integrada

Qualidade, ambiente e saúde, higiene e segurança no trabalho constituem as três áreas onde a Amarsul, empresa do grupo Empresa Geral do Fomento, acaba de obter a certificação, anunciou a empresa.
A certificação obtida abrange todas as instalações integradas no sistema da Amarsul, ou seja, três ecoparques, em Palmela, Seixal e Setúbal, sete ecocentros -Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Seixal e Sesimbra – e a unidade de eco-transferência, em Sesimbra.
A implantação deste sistema integrado de gestão «permite a estruturação de processos, a identificação e sistematização das acções individuais e colectivas de prevenção e controlo de riscos e a minimização de impactes ambientais», salienta a Amarsul. Também trará vantagens ao nível da melhoria na utilização dos recursos, o que permite potenciar «maior eficiência e melhor qualidade das operações, com o reforço da satisfação dos colaboradores, utentes e da sociedade em geral», remata a responsável pela gestão do sistema multimunicipal de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos da Margem Sul do Tejo.
Os normativos ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 referem-se, respectivamente, aos sistemas de gestão da qualidade, ambiente, e saúde, higiene e segurança no trabalho.

(Fonte: Portal Ambiente)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Naturgas Energia compra 30 por cento da Septentrional de Gas

A EDP, através da Naturgas Energia, comprou ao grupo Empresarial Inverduero, por 11 milhões de euros, os restantes 30 por cento da Septentrional de Gas, empresa de que ambos eram accionistas. A Septentrional de Gas é uma empresa de transportes, proprietária de dois gasodutos em Castilla e Léon: Robla–Guardo, Léon, e SoriaÁgreda, na província de Soria.
Robla–Guardo é um gasoduto de transporte secundário de 74 km de comprimento, que entrou em funcionamento em 2005, e Soria–Ágreda, também de transporte secundário, tem 54 km e começou a sua actividade em 2006. Os dois gasodutos, que contam com cinco estações de regulação e medida associadas, representaram um investimento total de 26 milhões euros. Estas duas infra-estruturas permitem actualmente o abastecimento dos municípios de La Robla e de Soria-Ágreda e, proximamente, também o de Cistierna, em Léon.
De acordo com a EDP, a operação de compra deverá ser autorizada pela Comissão Nacional de Energia (CNE) e, como aconteceu recentemente com a Gás Merida, é integrada na estratégia de crescimento já anunciada pela Naturgas Energia. A empresa continuará a considerar outros investimentos que possam contribuir para o crescimento do seu negócio.

(Fonte: Portal Ambiente)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Andritz e Alstom em concurso do Baixo Sabor

O concurso para o fornecimento dos equipamentos do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor, lançado pela EDP, está a ser disputado pelos agrupamentos Andritz Va Tech Hydro/EnsulMeci e Alstom Power Hydro/Efacec/SMM-Sociedade de Montagens Metalomecânicas.
As propostas apresentadas ao concurso, que tem um prazo de execução de 57 meses, ultrapassam os 116 milhões de euros.
O fornecimento compreende todos os equipamentos relativos aos dois escalões do aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor, nomeadamente equipamentos hidromecânicos, grupos reversíveis, aparelhos de elevação e de movimentação de cargas e pessoas, transformadores ou instalações dos postos de observação e comando das barragens.

(Fonte: Portal Ambiente)

Martifer e CME aliam-se na microgeração fotovoltaica

A Martifer e a CME formaram uma parceria com vista à instalação de sistemas solares fotovoltaicos a consumidores finais e outras entidades, nomeadamente através do canal EDP. A parceria, que começou a ser desenvolvida no início de 2008, surge no âmbito da publicação do Decreto-Lei n.º 363/2007, que estabelece o regime jurídico aplicável à produção de electricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de microprodução.
A Martifer faz a comercialização dos equipamentos à CME e esta apresenta as propostas chave-na-mão para as instalações, indica João Paulo Figueiredo, da Martifer, ao jornal Água&Ambiente. «No final do ano será feita uma avaliação da actual parceria e poderão surgir novos projectos dentro deste âmbito», avança.
Segundo João Paulo Figueiredo, a publicação deste decreto-lei veio impulsionar a energia solar fotovoltaica, mas o que está feito «é manifestamente insuficiente». Por exemplo, a limitação da quota anual a 10 MW «está a levar a que haja uma correria às licenças».

(Fonte: Tânia Nascimento)

Objectivos do projecto Mobilidade Sustentável «plenamente alcançados»

Ao fim de quase dois anos de trabalho, a quase totalidade dos planos contratualizados no âmbito do projecto Mobilidade Sustentável, que abrange 40 municípios, foram concluídos.
De acordo com Fernando Nunes da Silva, que tem estado ligado ao projecto, «apenas quatro ainda se prolongam até ao final do ano, devido a atrasos no seu início». De resto, o despertar tardio de alguns responsáveis políticos para o interesse e importância do projecto, o que conduziu a atrasos na elaboração dos relatórios de proposta, é um dos aspectos negativos apontados pelo docente do Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa (IST-UTL), à iniciativa Mobilidade Sustentável, que visa a melhoria contínua das condições de deslocação, a diminuição dos impactes no ambiente, e o aumento da qualidade de vida dos cidadãos.
A existência, em alguns casos, de uma menor disponibilidade dos técnicos municipais para acompanharem de perto o desenvolvimento dos estudos, dada a sua absorção pelo trabalho quotidiano na autarquia, e a insuficiente consideração dos impactes ambientais associados à mobilidade, nomeadamente o ruído e a poluição atmosférica, devido à quase generalizada escassez de dados nestes domínios, são outros dos aspectos menos positivos apontados.

Manual de boas práticas da mobilidade quase concluído
No decurso do projecto foram realizados perto de 20 encontros e seminários em todo o País, elaborados 110 relatórios técnicos de diagnóstico, de objectivos e conceitos de intervenção e propostas.
Para além disso, encontra-se em fase de finalização um Manual de Boas Práticas para uma Mobilidade Sustentável, em cuja elaboração colaboraram os 15 centros e instituições de ensino superior e de investigação envolvidos no projecto, bem como o Grupo de Trabalho Ambiente e Transportes.
Como balanço final, «pode considerar-se que não só os objectivos do projecto foram plenamente alcançados, como se conseguiu mesmo ir além do inicialmente previsto em termos de cooperação entre centros universitários e entre estes e os municípios», realça Nunes da Silva.
Por outro lado, a experiência de cooperação institucional entre vários organismos e entidades do Estado permitiu «avaliar na prática as grandes vantagens que esse modo de trabalhar encerra, mas também detectar fragilidades que essa abordagem inovadora comporta e que importa superar», acrescenta.
Por fim, conclui o especialista, a disponibilização do trabalho técnico produzido através de um site do projecto, sediado na Agência Portuguesa do Ambiente, e a próxima edição do Manual de Boas Práticas «constituem o maior acervo de informação produzida neste domínio no País, permitindo uma clara compreensão dos problemas existentes em termos de mobilidade urbana ao nível local».
A conversão de transportes urbanos para gás natural ou biocombustíveis, a adequação dos horários dos transportes públicos às necessidades da população, a construção de ciclovias e zonas pedonais com estudos adequados ou a elaboração de um manual de boas práticas para a mobilidade são alguns dos objectivos do projecto Mobilidade Sustentável. Apresentado em Março, envolve 40 municípios, cujos planos de mobilidade terão de estar concluídos em 2008.

(Fonte: Portal Ambiente)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

EDP Renováveis inaugura 12º parque eólico nos Estados Unidos

A EDP Renováveis, através da sua participada Horizon Wind Energy, inicia esta sexta-feira a produção de electricidade no parque eólico Pioneer Prairie, o primeiro do grupo no estado norte-americano do Iowa.
O parque terá uma capacidade instalada de 301 MW, dos quais mais de 200 estarão operacionais até ao final do ano, e representa o 12.º eólico da empresa nos Estados Unidos.
«Quando concluído, em 2009, as 182 turbinas Vestas instaladas no parque vão produzir o equivalente à electricidade consumida por um universo de 90 mil famílias no Iowa. A energia gerada será comercializada no mercado», esclarece a empresa em comunicado.
A entrada em operação do 12.º parque da Horizon nos Estados Unidos coincide com a abertura oficial do escritório de Minneapolis, no estado do Minnesota.
O Upper Midwest (Minnesota, Iowa, Minneapolis, North Dakota and South Dakota) detém quatro dos 10 estados com maior potencial para a produção de energia eólica, segundo estimativas da American Wind Industry Association (AWEA).
A presença do grupo nesta região iniciou-se em 2007 com a instalação do parque Prairie Star (100MW), no Minnesota, sendo agora reforçada com o Pioneer Prairie, no Iowa.
Dos mais de 11.000 MW que a Horizon detém actualmente em pipeline, cerca de 1.500 localizam-se no Upper Midwest.
Os Estados Unidos são já o maior produtor mundial de energia eólica, tendo ultrapassado a Alemanha, de acordo com a associação do sector, AWEA.
No final do primeiro semestre, a capacidade instalada nos Estados unidos atingia os 20.152 MW.

(Fonte: Agencia Financeira)

Siemens e E.ON firmam parceria para eólica

A Siemens Energy e a E.ON assinaram ruma parceria para a área da energia eólica. As empresas concordaram em trabalhar em conjunto para melhorar a performance de projectos eólicos a nível global, tornando-os fiáveis e amigos do ambiente.
Esta colaboração já inclui o fornecimento de 500 turbinas eólicas com uma capacidade total de 1150 MW à E.ON para novos projectos da empresa nos Estados Unidos e na Europa. As turbinas, que serão entregues em 2010 e 2011, vão incluir diversas combinações de alturas de torre e diâmetros de rotor. Cerca de 600 MW de capacidade destinam-se a projectos americanos e os restantes 550 MW serão utilizados em parques eólicos europeus.
Esta cooperação vai permitir a ambas as partes trabalhar no sentido de «melhorar a eficiência e reduzir os custos de manutenção das turbinas».

(Fonte: Portal Ambiente)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mais 570 pedidos apresentados para microprodução

A iniciativa «Renováveis na Hora» tem vindo a impulsionar a microprodução. Em 5 de Setembro, o último período que decorreu para apresentação de pré-registos, foram apresentados 570 pedidos, aos quais correspondeu uma potência de 1951 kW.
Nas cinco fases para pré-registos no Sistema de Registo da Microprodução, que decorreram desde 2 de Abril, foram apresentados 3312 pedidos no território continental, correspondentes a uma potência de 11 268 kW.
Todos estes pedidos são para o regime bonificado. O regime geral conta apenas com 27 pré-registos, que não ultrapassam os 102 kW.

(Fonte: Tânia Nascimento)

IBM lança nova ferramenta de consultoria ambiental

A IBM disponibiliza uma nova ferramenta de consultoria que pretende ajudar os clientes a tornarem os seus produtos mais amigos do ambiente, desde o seu desenvolvimento e manufactura, passando pela sua disponibilização e utilização, até à sua recuperação e reciclagem final.
O IBM Environmental Product Lifecycle Management, que abrange uma ampla variedade de produtos, como carros, tractores, televisores, máquinas de barbear, e mesmo alimentação e vestuário, permite aos clientes analisar todas as fases da existência de um produto e concebê-lo para que seja ecológico desde o início. Isso inclui os materiais utilizados para a sua concepção e acondicionamento, a energia necessária para o produzir, transportar e utilizar, e a possibilidade de ser reciclado ou remodelado quando já não for utilizável.
Segundo a IBM, este produto «é especialmente relevante para os clientes dos sectores automóvel, equipamentos pesados, electrónica e produtos de consumo». A oferta prevê uma análise global do ciclo de vida do produto, tendo em conta as actuais preocupações ambientais, as regulamentações e questões empresariais, e as melhores práticas da indústria.
Com base nessa análise, a empresa ajuda o cliente a compreender eventuais lacunas nas suas práticas actuais, a desenvolver metas realistas para reduzir o impacto ambiental e a estabelecer um plano estratégico de iniciativas para cumprir esses objectivos.

(Fonte: Portal Ambiente)

Produção de energia a partir das ondas arranca com projecto da Enersis

Chama-se Parque de Ondas da Aguçadora e é o primeiro parque de aproveitamento de energia a partir das ondas. O projecto da Enersis e da escocesa Ocean Power Delivery (OPD), localizado ao largo da Póvoa do Varzim, e que envolveu um investimento de mais de 8,5 milhões de euros, foi hoje inaugurado.
«Queremos que daqui a 15 anos a tecnologia que hoje é inaugurada seja muito importante», destacou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
Nesta primeira fase foram instaladas três máquinas Pelamis, com capacidade de 750 kW cada, num total de 2,5 MW, o que permitirá uma produção média anual de 7GWh. As máquinas estão a 5 km da costa, medem cerca de 50 metros de comprimento, com um perímetro de 3,5 metros, dos quais apenas um metro fica acima do nível da água.
De acordo com Rui Barros, da Enersis, as máquinas produziram a primeira electricidade em Julho deste ano. Até ao momento, o projecto esteve em testes, com as máquinas a serem instaladas e desinstaladas, já que há procedimentos próprios para cada uma das operações. Estiveram igualmente a ser resolvidas algumas avarias, nomeadamente nas amarras.

(Fonte: Portal Ambiente)

Sector residencial pode evitar mais de 100 milhões de toneladas de CO2

Se os consumidores portugueses optassem por utilizar as tecnologias mais eficientes disponíveis no mercado, para além de contribuírem para a redução da factura mensal de electricidade, evitariam a emissão de dois milhões de toneladas de dióxido de carbono e a importação de 800 milhões de m3 de gás natural.
Em toda a Europa, esta poupança impedia a libertação de mais de 100 milhões de tonelada de CO2 para a atmosfera. Estas são as principais conclusões de um estudo europeu, liderado por uma equipa de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Os resultados do projecto intitulado REMODECE - Residential Monitoring to Decrease Energy Use and Carbon Emissions in Europe - vão ser apresentados em 29 de Setembro, num workshop sobre utilização racional de energia eléctrica no sector residencial e nos serviços, que terá lugar no auditório da Comissão de Coordenação da Região Centro, em Coimbra.
Com um orçamento global de um milhão e meio de euros, o REMODECE envolveu, além de Portugal, 11 países da Europa, e foi financiando em 50 por cento pela União Europeia no âmbito do Programa Energia Inteligente Europa.
De acordo com a directora técnica do projecto, Paula Fonseca, o REMODECE é «uma óptima ferramenta para avaliar o potencial de economias de energia eléctrica existentes no sector residencial na Europa, pela utilização de equipamentos energeticamente mais eficientes e pela eliminação/redução dos consumos de stand-by. O poder político passa a ter ao seu dispor um instrumento precioso para influenciar decisivamente a eficiência energética».

(Fonte: Portal Ambiente)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Consumo de combustíveis volta a diminuir em Portugal

O consumo de combustíveis voltou a diminuir, em Junho, no mercado nacional, com as gasolinas a serem as principais responsáveis pela quebra homóloga de 0,3% da procura. O consumo de gasóleo aumentou, mas registou um abrandamento.
O consumo de combustíveis diminuiu 0,3%, em Junho quando comparado com igual período do ano passado, de acordo com os dados divulgados pela Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A contribuir para a quebra do consumo total, estiveram as vendas de gasolinas, que registaram uma redução de 6,3%, uma tendência partilhada por todas os tipos deste combustível. A gasolina aditivada registou uma quebra de 82%, e “praticamente deixou de ser consumida nos últimos meses”, a gasolina sem chumbo 98 verificou uma descida de 21,2%, “não se registando alterações na tendência que já se vinha verificando. Relativamente à gasolina sem chumbo 95 o consumo baixou 3,5%”, revela a DGEG.
Quanto ao gasóleo, observou-se um crescimento homólogo de 1,1%, em Junho, o que representa um abrandamento face aos consumos observados nos meses anteriores. Se analisarmos por meses concluímos que em Maio e Junho, quando comparado com os meses anteriores, se verificou quebras nas vendas deste combustível.
Já o GPL Auto registou uma tendência inversa. Em Junho, e comparando com o mesmo mês do ano passado, registou um aumento de 11,5%.

(Fonte: Sara Antunes)

EDP, B&B e Efacec fazem parceria para explorar energia das ondas

A EDP, a Babcok & Brown e a Efacec estabeleceram hoje uma parceria para o desenvolvimento de projectos experimentais na área da energia das ondas. O consórcio Ondas de Portugal é detido em 45% pela EDP, 35% pela Enersis, e os restantes 20% pela Efacec.
Esta parceria vem na sequência do primeiro projecto comercial de energia das ondas que foi lançado hoje na Costa norte portuguesa.
Este projecto é uma “joint venture” com 77% detidos por um grupo de três promotores, EDP, Efacec e B&B (dona da Enersis), e 23% detidos pela tecnóloga escocesa Pelamis Wave Power Ltd. O investimento total do projecto ronda os 9 milhões de euros.

(Fonte: Jornal de Negócios)

Portugal vai ser pioneiro a nível mundial no aproveitamento da energia das ondas

Portugal é, a partir de hoje, o primeiro país do mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Há muitos protótipos em teste em vários pontos do globo. Mas o parque das ondas da Aguçadoura, que é hoje inaugurado ao largo da Póvoa de Varzim, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.
São três máquinas com tecnologia britânica, que oscilarão ao sabor das ondas, gerando electricidade que o fabricante diz ser suficiente para alimentar 1500 habitações.
O projecto da Aguçadoura arranca com uma pequena capacidade 2,25MW, equivalente à de um único aerogerador de um parque eólico. É uma migalha no bolo energético nacional.
Mas sair na frente pode ser decisivo para o país. "É claramente um projecto pioneiro", afirma António Sarmento, do Centro de Energia das Ondas, uma associação privada que estuda e promove esta forma alternativa de produzir electricidade.
O projecto da Aguçadoura é uma aposta do grupo Enersis, que se dedica às energias renováveis em Portugal (ver caixa) e que há alguns anos contratou uma nova tecnologia desenvolvida pela empresa Pelamis Wave Power, com sede na Escócia. A instalação dos equipamentos, prevista para 2006, sofreu sucessivos atrasos.
O primeiro acabou por ser colocado no seu posto, a cinco quilómetros da costa, apenas em meados de Julho passado. Uma segunda máquina foi instalada posteriormente. Ambas já estão a produzir electricidade. A terceira estará hoje ancorada no Porto de Leixões, para a cerimónia de inauguração. Depois, bastará rebocá-la e uni-la a um ponto de ligação, como uma ficha a uma tomada.

"O parque está operacional", afirma Rui Barros, responsável na Enersis pelo parque da Aguçadoura. O projecto prevê uma segunda fase, com mais 27 máquinas Pelamis, somando 20 MW. A empresa está a pensar mais alto e tem projectos para mais 550 MW ao longo da costa.
É mais do que os 330 MW que o Governo quer pôr à disposição de novos projectos pré-comerciais ou de demonstração, numa zona piloto para a energia das ondas, ao largo de São Pedro de Moel, Marinha Grande. Mas ainda não está operacional a entidade gestora que irá servir de interlocutor único para as empresas interessadas.
A entidade gestora possivelmente será uma sociedade a ser criada pela Rede Eléctrica Nacional. Os detalhes da concessão ainda não foram, porém, formalizados. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Economia e da Inovação, já está concluído um projecto de decreto-lei, que se encontra à espera de pareceres até ao final deste mês. "No início do mês de Outubro será iniciado o processo formal para aprovação do diploma em Conselho de Ministros", assegura o Ministério da Economia, numa nota enviada ao PÚBLICO.
A costa portuguesa tem potencial para a instalação de 5000 MW de potência em energia das ondas - 15 vezes a capacidade da zona piloto. Mas, para António Sarmento, do Centro de Energia das Ondas, o pontapé de partida com o projecto da Aguçadoura e a zona piloto "é um bom começo".
"Pode fazer diferença, dependendo do que o país conseguir fazer das iniciativas que estão a ser lançadas", diz António Sarmento. O desenvolvimento de novos projectos pode proporcionar não só a fabricação de componentes no país como o seu próprio desenvolvimento tecnológico, associado a patentes.
Além disso, as primeiras empresas a lançar-se, como agora a Enersis, estarão em melhores condições de abrir caminho no mercado. "Há aqui uma série de oportunidades, e a componente energia é apenas uma delas", diz Sarmento. Mas tudo isto, acrescenta o especialista, implica esforço em inovação, compartilhado entre empresas e o Estado.

Numa lista elaborada pelo Centro de Energia das Ondas, aparecem 62 possíveis tecnologias para o aproveitamento da energia das ondas. Algumas foram já testadas em Portugal, como a central de coluna de água oscilante da ilha do Pico, Açores, ou o sistema Archimedes, cujos ensaios deixaram um ponto de ligação eléctrica reaproveitado agora pelo projecto da Aguçadoura.
Em Peniche, está em curso uma nova experiência, da empresa portuguesa Eneólica. Um protótipo, com uma asa submersa que bascula com as correntes de fundo, foi alvo de testes em 2007 e 2008. Agora será instalada uma nova máquina, com três asas, numa escala piloto.
Os ensaios em Peniche aproveitam uma licença já existente, para a instalação de um megawatt de potência das ondas no local - fora da zona piloto da Marinha Grande.
Mas as atenções principais voltam-se agora para as máquinas Pelamis da Aguçadoura, que serão as primeiras a operar em contínuo, em regime pré-comercial, produzindo electricidade e injectando-a no sistema eléctrico nacional.
A empresa Pelamis Wave Power, detentora da tecnologia, tem dois outros projectos em curso no Reino Unido - na Escócia e na Cornualha -, mas num estádio menos avançado. "Esperamos construir mais máquinas dentro de alguns meses", afirma Max Carcas, director da empresa.
Um bom empurrão seria a segunda fase do projecto da Aguçadoura, que depende da Enersis. "Da nossa parte, gostaríamos de avançar o mais rapidamente possível", diz Max Carcas.

(Fonte: Ricardo Garcia)

Barragens adjudicadas valem 1850 milhões de euros

Quase um a seguir ao outro. Os concursos públicos para a construção e exploração dos 10 aproveitamentos hidroeléctricos do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico já foram todos lançados. O último a ser aberto refere-se à barragem de Pinhosão (77 MW), localizada no rio Vouga, e cujas candidaturas devem ser apresentadas até ao dia 27 de Outubro.
A esta barragem junta-se a de Girabolhos, cujo concurso está aberto até dia 20 de Outubro, sendo o investimento conjunto entre 200 e 340 milhões de euros.
Alvito, Fridão e Almourol, que vão aumentar em 392 MW a capacidade de produção hídrica do País, já têm os concursos fechados. As duas primeiras barragens foram adjudicadas à EDP, que apresentou um valor de 161,7 milhões de euros a concurso. O investimento total na construção das duas centrais está estimado em 510 milhões de euros, com início de operação previsto para 2016.

A barragem de Almourol (78 MW) não atraiu o interesse dos privados. Por sua vez, a Iberdrola ganhou a corrida ao lote de quatro novas barragens – Gouvães, Padroselos, Vidago e Daivões, todas situadas no rio Tâmega. O caderno de encargos pedia uma capacidade total de 424 MW, e um investimento entre 450 e 760 milhões de euros, mas a Iberdrola subiu a parada, apresentando um investimento de 1000 milhões de euros e uma potência total de 1134 MW.
De qualquer modo, a EDP continua a estar à frente na exploração dos aproveitamentos hidroeléctricos, tendo em conta que actualmente dispõe de 4650 MW instalados de potência em Portugal Continental e mais 692 MW em carteira. Depois de ter exercido o seu direito de preferência para a barragem de Foz do Tua, o Governo já procedeu à adjudicação provisória do aproveitamento. O investimento estimado para a construção da central e das respectivas infra-estruturas hidráulicas é de 340 milhões de euros.

(Fonte: Ana Cristina Ferreira)

Generg conquista certificação ambiental

O grupo Generg, que comemora o seu 20º aniversário no mercado das renováveis, obteve a certificação do seu sistema de gestão ambiental, de acordo com a norma ISO 14 001. A Lloyds Register Quality Assurance Limited, entidade certificadora, concluiu recentemente o processo de verificações dos procedimentos e práticas ambientais em vigor na Generg, anunciou a empresa certificada.
«A obtenção desta certificação é motivo de orgulho para o grupo Generg, uma vez que reflecte o esforço, dedicação e o grande envolvimento de todos os trabalhadores da empresa na adopção das boas práticas exigidas por um sistema de gestão ambiental comprometido com os valores da sustentabilidade ambiental», acrescenta a mesma fonte.
No entanto, a Generg alerta que a obtenção desta certificação não é sinónimo de meta atingida: «Este é um processo contínuo que nos responsabiliza, cada vez mais, à medida que novos desafios se vão colocando à empresa.»

(Fonte: Portal Ambiente)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sócrates: aposta nas renováveis é a estratégia certa

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu esta quinta-feira que a «forte aposta» de Portugal nas energias renováveis nos últimos três anos vai continuar, sublinhando que esta é a estratégia certa para fazer face ao «choque petrolífero» em curso.
«É absolutamente fundamental que o país tome consciência que não deve estar tão dependente do petróleo, e a melhor forma de reduzir essa dependência é aumentar a percentagem de electricidade baseada em energias renováveis, aproveitando a energia que podemos produzir aqui», avançou a «Lusa».
José Sócrates falava em Viana do Castelo, durante a cerimónia de lançamento da primeira de uma fábrica de pás de rotor da «Enercon», um investimento de 55 milhões de euros que criará 500 postos de trabalho e que integra um cluster eólico que aquela empresa alemã está a instalar no concelho.
Sócrates lembrou que nos dois anteriores choques petrolíferos «todos disseram» em Portugal que era preciso reduzir a dependência do petróleo, mas «nada se fez».
«Não estou disponível para que tudo volte a acontecer sem ninguém fazer nada. Ninguém nos perdoaria se, daqui a 15 ou 20 anos, aqui estivessem os actores da nova geração dizendo que vivemos o terceiro choque petrolífero e nada fizemos. Não quero que isso aconteça», afirmou.
O primeiro-ministro sublinhou a aposta nos últimos três anos na energia eólica e hídrica, garantindo que estes continuarão a ser os sectores que «puxarão» pela energia do país.
«Três anos depois, podemos dizer que Portugal está numa situação no Mundo que nos coloca no conjunto de países mais evoluídos em termos de energias renováveis», frisou.
O chefe do Governo disse ainda que esta aposta nas energias renováveis é também «essencial» para a modernização da indústria e da economia do país, apontando como exemplo o cluster que a Enercon está a instalar em Viana do Castelo.

(Fonte: Lusa)

Ensul Meci lança nova marca para microgeração solar

A empresa Ensul Meci acaba de lançar no mercado nacional soluções de microgeração a marca Sunday para fornecimento e instalação de sistemas e equipamentos com recurso à energia solar.
O custo médio de um sistema fotovoltaico de 2kW é de 12 mil euros e um sistema de 3,68 kW é de 22 mil euros. Segundo a empresa, os turistas residenciais e revendedores da energia produzida, além da vantagem de utilização de uma eco-marca, podem produzir energia ao longo do ano. «O custo de manutenção é relativamente baixo em relação ao valor do sistema e é garantida eficácia a 90 por cento ao fim de dez anos de utilização», acrescenta.
Os sistemas Sunday são financiados a 100 por cento, incluindo a montagem dos equipamentos, seguros onde consta a cobertura relativa a incêndios, raios e explosão; tempestades, inundações e aluimentos de terras, furto ou roubo e efeitos directos de corrente eléctrica. A instalação de um equipamento Sunday de microgeração do tipo solar fotovoltaico com uma potência de 3,68 kW permite evitar a emissão de aproximadamente 58 toneladas de CO2 , ao fim de 20 anos.
Segundo Luís Pais, director de novos negócios da empresa, os principais objectivos desta iniciativa são a democratização do acesso dos consumidores à produção independente de energia eléctrica e, ao mesmo tempo, a simplificação do processo de licenciamento. A Ensul Meci será responsável pela promoção e comercialização deste serviço, através da integração num só produto financeiro e de parcerias internacionais no fabrico e instalação de equipamentos.

(Fonte: Portal Ambiente)

EDP e Lisboa promovem veículos eléctricos

A EDP, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Lisboa E-Nova, vai instalar pontos de carregamento para veículos eléctricos na cidade de Lisboa.
Os pontos de carregamento dos veículos eléctricos WattDrive vão estar situados nos Jerónimos (junto à Praça do Império), no Marquês de Pombal, Rossio (Rua dos Sapateiros), Praça de Londres, Chiado (Rua António Maria Cardoso) e na Estrela (Rua Domingos Sequeira).
Estão abertos ao público nos dias 20, 21 e 22 de Setembro entre as 10h e as 19h e o seu acesso é gratuito. Nos locais estará presente uma equipa de apoio da eléctrica nacional para esclarecer o condutor e ajudá-lo no carregamento do veículo. Esta é uma iniciativa da EDP que se insere na Semana da Mobilidade, que este ano adopta o tema “Ar puro para todos”.
De acordo com a EDP, os veiculos eléctricos apresentam-se hoje como uma solução com muitos beneficios para a qualidade do ar em zonas urbanas, para a redução do ruido e para as emissões de CO2.
A ligação à rede PLUG IN dos veículos eléctricos, durante os momentos em que estão estacionados, é útil à rede eléctrica, uma vez que esta poderá assim beneficiar de uma maior capacidade de armazenamento através das baterias destes veículos, para acumular energia eléctrica quando esta existe em excesso na rede e para devolvê-la à rede quando a procura ultrapassa a oferta.
A partir do dia 23 de Setembro, estes pontos de abastecimento irão funcionar durante um periodo temporário para experimentação da frota da Policia Municipal.

(Fonte: Portal Ambiente)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A estratégia certa é apostar nas energias renováveis

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a forte aposta de Portugal nas energias renováveis nos últimos três anos vai continuar, sublinhando que esta é a estratégia certa para fazer face ao choque petrolífero em curso.
«É absolutamente fundamental que o país tome consciência que não deve estar tão dependente do petróleo, e a melhor forma de reduzir essa dependência é aumentar a percentagem de electricidade baseada em energias renováveis, aproveitando a energia que podemos produzir aqui», referiu.
José Sócrates falava em Viana do Castelo, durante a cerimónia de lançamento da primeira de uma fábrica de pás de rotor da "Enercon", um investimento de 55 milhões de euros que criará 500 postos de trabalho e que integra um cluster eólico que aquela empresa alemã está a instalar no concelho.
Sócrates lembrou que nos dois anteriores choques petrolíferos «todos disseram» em Portugal que era preciso reduzir a dependência do petróleo, mas «nada se fez».
«Não estou disponível para que tudo volte a acontecer sem ninguém fazer nada. Ninguém nos perdoaria se, daqui a 15 ou 20 anos, aqui estivessem os actores da nova geração dizendo que vivemos o terceiro choque petrolífero e nada fizemos. Não quero que isso aconteça», afirmou.
O primeiro-ministro sublinhou a aposta nos últimos três anos na energia eólica e hídrica, garantindo que estes continuarão a ser os sectores que «puxarão» pela energia do país.

(Fonte: Jornal Destak)

ERSE vai regular combustíveis

O Governo prepara-se para atribuir a regulação do sector dos combustíveis à Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE), diz o «Semanário Económico».
Esta é uma das hipóteses que está a ser analisada pelo ministro da Economia, numa altura em que Manuel Pinho, apesar de dizer que acredita na descida do preço da gasolina em Portugal, mostrou-se já «preparado para tomar toda e qualquer medida em defesa do consumidor».
Caso a legislação já estivesse em vigor, a ERSE podia actuar como já faz nos sectores do gás e electricidade, onde são fixadas tarifas e existe um livre acesso à armazenagem e transporte por parte dos operadores existentes no mercado.

(Fonte: Agencia Financeira)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Impacte paisagístico de turbinas eólicas sem consenso

A luta contra a construção das turbinas eólicas industriais tem tido cada vez mais sucesso em diversas partes do mundo, desde os Estados Unidos à Austrália. Em Janeiro do ano passado, na Alemanha, a população de Bieswang conseguiu, depois de uma dura luta de dois anos, levar a que a empresa Windwârts desistisse da construção de um parque eólico na localidade. Os habitantes lutam para que esta região do Reno não perca a sua beleza paisagística, considerando que a construção de parques eólicos representa uma violação da paisagem natural.
Em Portugal, a potência eólica instalada quadruplicou nos últimos três anos, ultrapassando já os 2500 MW. A presença imponente de torres e aerogeradores vai intensificar-se nos próximos anos na paisagem portuguesa, já que, em 2012, deverão estar instalados 5700 MW.
A instalação de qualquer infra-estrutura eólica deverá, segundo a arquitecta Cristina Castel Branco, ter em atenção a Convenção Europeia da Paisagem, a qual foi ratificada por Portugal. «Todas as grandes intervenções na paisagem, como a instalação de torres eólicas, devem ter em conta a convenção», indica a especialista.
Para Hélder Spínola, presidente da Quercus, «o impacte paisagístico das turbinas eólicas não faz confusão, desde que não seja em exagero». Segundo o ambientalista, «se pudéssemos ter o aproveitamento de energia eólica sem o impacto visual seria o ideal. De qualquer modo, preocupa-me mais a questão do ruído».
As resistências a nível local vão ganhando alguma expressão. Por exemplo, a proposta inicial do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho não permitia a instalação de um parque eólico na serra de Montesinho, já que, segundo os habitantes, as torres eólicas iriam desvirtuar a paisagem». Também a intenção de instalação de um parque eólico na Serra d'Arga foi contestada por moradores da freguesia da Montaria, em Viana do Castelo, que temiam pelo impacto visual e paisagístico das "ventoinhas gigantes".

(Fonte: Tânia Nascimento)

AP2H2 debate hidrogénio

«A Economia do Hidrogénio e a Sustentabilidade Energética e Ambiental» é o tema que estará em destaque no seminário internacional que a Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio (AP2H2) está a organizar.
José Perdigoto, director geral de energia e geologia, Verónica Mesa, da Hynergreen, Campos Rodrigues, da AP2H2, ou são algumas das figuras que marcarão presença no evento, que decorrerá no dia 23 de Setembro,
No ano 2050 o hidrogénio poderá reduzir em 40 por cento o consumo de petróleo nos transportes, de acordo com o projecto europeu HyWays, que propõe uma estratégia para ultrapassar os constrangimentos económicos e tecnológicos e potenciar a competitividade europeia.
Vários estudos calculam que o patamar da rentabilidade possa ser atingido entre 2025 e 2035. O plano de acção que consta no projecto HyWays indica que durante esse período, com estimativas para o ano de 2030, já possam circular 16 milhões de automóveis movidos a hidrogénio, caso se concretize o investimento de 60 mil milhões de euros.
Em termos de potencial, o hidrogénio, por ser um vector energético com zero de carbono, pode produzir-se a partir de todos os recursos energéticos e converter-se em electricidade e calor com «uma alta eficiência e sem emissão de gases», destaca o relatório da ETAP - Enviromental Technologies Action Plan, sobre este vector energético.

(Fonte: Portal Ambiente)

Bruxelas leva Portugal a Tribunal por manter direitos especiais na EDP

A Comissão Europeia decidiu instaurar um processo contra Portugal no Tribunal de Justiça Europeu acerca dos direitos especiais detidos pelo Estado português e entidades públicas na EDP - Energias de Portugal.
Bruxelas considera que “os direitos especiais detidos pelo Estado na EDP desencorajam o investimento de outros Estados‑Membros, em violação das regras do Tratado CE”, justifica a CE em comunicado.
O Estado português tem na EDP o direito de veto quanto a deliberações de alteração do contrato de sociedade da empresa, incluindo de aumento de capital, de fusão, cisão e dissolução; direito de deliberar sobre a celebração de contratos de grupo paritário e de subordinação e ainda o direito a fazer deliberações de supressão ou limitação do direito de preferência dos accionistas em aumentos de capital.
O Estado pode ainda recorrer ao direito de oposição à eleição de directores e o direito de nomeação de um director na empresa.
O contrato de sociedade da empresa impõe um limite dos direitos de voto na assembleia geral a todos os accionistas que detenham mais de 5% do capital da empresa, com excepção do Estado/entidades equivalentes.
“A Comissão considera que, em violação das regras do Tratado CE, estes direitos especiais constituem restrições injustificadas à liberdade de circulação de capitais e ao direito de estabelecimento (artigos 56.º e 43.º do Tratado CE), na medida em que colocam entraves tanto ao investimento directo como ao investimento de carteira”, refere no mesmo comunicado.
Em Junho de 2007, a Comissão convidou Portugal a renunciar aos direitos especiais detidos pelo Estado e pelas entidades públicas na EDP.
“Tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça, a Comissão considera insatisfatórios os argumentos invocados por Portugal em defesa de tais direitos”, conclui Bruxelas.
Portugal argumenta, de acordo com a CE, que os direitos especiais se justificam por duas razões: primeiro, porque os serviços prestados pela EDP são de interesse económico geral; segundo, por razões de segurança e interesse públicos - segurança do aprovisionamento de energia.
Mas, com base na jurisprudência do TJE, a Comissão concluiu que as restrições “não satisfazem critérios de necessidade, adequação e proporcionalidade que justifiquem a imposição de restrições à liberdade de circulação de capitais. Na opinião da Comissão, os direitos especiais detidos pelo Estado português na empresa excedem o necessário para atingir os objectivos em vista”.

(Fonte: Jornal de Negócios)

Petróleo a caminho dos 100 dólares em Nova Iorque

O petróleo está novamente a caminho da fasquia dos 100 dólares. Em Nova Iorque, o barril está a valorizar mais de 2%, uma subida justificada com a fraqueza do dólar face às principais divisas mundiais que está a tornar mais apelativos os investimentos nas “commodities”.
O West Texas Intermediate (WTI), soma 2,01% para 99,11 dólares. Chegou a subir um máximo de 2,5% para 99,61 dólares, depois de ontem já ter registado uma valorização de mais de 7%. Aproxima-se outra vez dos três dígitos. O crude baixou a marca no final da semana passada.
O Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações nacionais, está a acompanhar a tendência, mas está ainda distante dos 100 dólares. Segue a valorizar 2,1% para 96,83 dólares. Desde o início do ano acumula um ganho de pouco mais de 3%. A contribuir para a nova subida dos preços está a queda do dólar face, nomeadamente, ao euro. O euro está a ganhar quase 1% para 1,4468 dólares, reflectindo a instabilidade nos mercados mundiais e a venda de títulos do Tesouro dos EUA por parte dos investidores.
A desvalorização da moeda norte-americana está a levar a que muitos investidores desloquem, novamente, os seus investimentos para as matéria-prima que se tornam, assim, activos mais atractivos. Ou seja, oferecem retornos mais elevados, apesar do risco.
A queda superior ao esperado das reservas de petróleo dos EUA, revelada ontem, está também a suportar esta alta dos preços. O Departamento de Energia dos EUA revelou uma redução de 6,3 milhões de barris, quando o mercado previa que fosse apenas de 3,5 milhões. O mercado receia uma escassez do lado da oferta.

(Fonte: Jornal de Negócios)

Offshore marcará crescimento português na eólica depois de 2015

Portugal terá de investir nos parques eólicos offshore de modo a fazer face ao decréscimo de instalação de energia eólica que se começará a verificar em 2015. Quem o diz é Ana Estanqueiro, directora da unidade de energia eólica e dos oceanos do Instituto de Engenharia, Tecnologia e Inovação, que participou no seminário sobre energia eólica offshore, promovido pela Embaixada Britânica, e que decorreu esta manhã no Centro Cultural de Belém.
Segundo a investigadora, numa primeira fase será possível instalar cerca de 3500 MW de potência eólica offshore com tecnologia convencional. A costa norte de Portugal, principalmente Viana do Castelo e Porto, tem a 40 metros de profundidade um potencial de 500 MW. Já no centro, entre Peniche e Cascais, esse potencial pode chegar aos 700 MW, sendo que a zona da Figueira da Foz pode representar 100 MW, e a zona de Lisboa poderá disponibilizar 1000 MW. Numa segunda fase, a especialista refere que será necessário recorrer a tecnologia flutuante para o deep offshore, a instalar a pelo menos 40 metros de profundidade.
O evento reuniu várias empresas e associações da Grã-Bretanha que se dedicam à energia eólica offshore, tanto ao nível do projecto, como da construção, manutenção, investimento e investigação. Os oradores salientaram as oportunidades que se abrem às empresas portuguesas que queiram ser parceiros ou investidores nesta área na Grã-Bretanha, uma vez que foi lançada uma terceira fase de disponibilização de locais pelo governo britânico, com vista à instalação de parques eólicos deep offshore.
De acordo com alguns dos oradores, o Reino Unido beneficia da experiência obtida com as plataformas de petróleo e gás natural, e a Escócia tem mesmo 25 por cento do potencial europeu de energia eólica offshore. Até 2020 a expectativa é chegar à instalação de 25 GW de energia eólica offshore.

(Fonte: Sofia Vasconcelos)

Martifer entra no mercado eólico da Bulgária

A Martifer passa a estar presente no mercado eólico da Bulgária, através da búlgara Vesto, detida a 100 por cento pela Martifer Renewables. A empresa vai avançar com um parque eólico de 12,6 MW na região nordeste do país, cuja construção deverá arrancar já no próximo ano e estima-se que a produção anual atinja os 70 mil MWh.
«Além deste projecto a Vesto está a analisar a possibilidade de desenvolvimento de vários projectos naquela região com vista à exploração de futuros parques eólicos», adianta a Martifer em comunicado.
De acordo com a NEK, empresa eléctrica búlgara, «16 por cento do consumo energético do país deve, a curto prazo, começar a ser produzido a partir de fontes renováveis», informa a Martifer, referindo ainda que, no final de 2007, a Bulgária tinha 29 MW de projectos eólicos em operação e 700 MW em fase de licenciamento. Para atingir o objectivo estabelecido pela NEK a Bulgária deverá instalar 1450 MW de parques eólicos, implicando a duplicação da actual capacidade de produção, o que representa para a Martifer «uma enorme oportunidade de expansão na Europa».
Além da Bulgária, a Martifer já tem presença nos mercados de Portugal, Alemanha, Espanha, Polónia, Roménia, Eslováquia, Ucrânia, Estados Unidos e Brasil. O total de projectos da Martifer em carteira, a partir de fontes de energia renováveis, soma já mais de 3300 MW.

(Fonte: Portal Ambiente)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pelamis lançado na próxima semana

O projecto da Enersis para a energia das ondas, constituído por três máquinas da tecnologia Pelamis, irá começar a funcionar em pleno na semana que vem, anunciou Manuel Pinho, ministro da Economia, na conferência «Inovação e Energias Renováveis», que teve lugar hoje em Lisboa.
De acordo com Rui Barros, da Enersis, as máquinas produziram a primeira electricidade em Julho deste ano. Até ao momento, o projecto esteve em testes, com as máquinas a serem instaladas e desinstaladas, já que há procedimentos próprios para cada uma das operações. Estiveram igualmente a ser resolvidas algumas avarias, nomeadamente nas amarras.
O projecto será instalado ao largo de Póvoa do Varzim, sendo a potência a instalar nesta fase de 2,5 MW, ou seja, três máquinas da tecnologia Pelamis, de 750 kW cada, num investimento de 9 milhões de euros. Até 2009 a Enersis contava pôr em funcionamento mais duas máquinas da mesma potência, que exigem um investimento adicional de 5 milhões de euros.
No mesmo ano a Enersis e a sua parceira tecnológica escocesa, a Ocean Power Delivery, preparam os testes no mar para alcançar os 20 MW, o que poderá equivaler à instalação de mais 28 máquinas de 750 kW cada, ou de 20, cada uma com 1 MW.

(Fonte: Sofia Vasconcelos)

Parques eólicos aumentam mortalidade de aves

Portugal conta com 1360 aerogeradores espalhados de Norte a Sul. Tendo em conta um estudo desenvolvido pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), por ano morrerão entre zero e 6,24 aves por aerogerador. No limite, anualmente morrerão, tendo em conta o número de máquinas instaladas em território nacional, entre 0 e 8486 aves em Portugal devido à existência de parques eólicos.
Embora os estudos existentes não sejam conclusivos, Teresa Saraiva, do grupo de trabalho focado na energia eólica e seus impactes sobre a avifauna, pertencente à SPEA, alerta que o «panorama em Portugal não é mau, quando comparado com outros países». A especialista explica que, de um modo geral, se constroem parques eólicos em sítios que «respeitam as condições naturais, com um número reduzido de máquinas e de forma espaçada». De qualquer modo, alerta, «nos últimos tempos, têm sido aprovados parques eólicos enormes, pelo que esta tendência positiva se pode inverter».
De acordo com dados disponibilizados pela SPEA, o Sul do País tem-se revelado mais mortal para as aves que chocam com os aerogeradores. No parque eólico de Fonte dos Monteiros, em Vila do Bispo, a organização estimou uma mortalidade de 55,77 a 94,56 aves por ano.
Defendendo que os parques eólicos devem ser instalados preferencialmente fora de áreas protegidas, Paulo Lucas, da Quercus, alerta para o facto de não se conhecer como é feito o controlo das medidas compensatórias. «Gostaríamos que houvesse uma entidade que fizesse o controlo absoluto destas medidas», diz.
Os impactes negativos dos parques eólicos fazem-se sentir também nas populações de morcegos. Segundo um estudo de Erin Baerwald, da Universidade do Calgary (Canadá), os morcegos têm motivos para temer as turbinas eólicas, já que o movimento das pás causa uma diminuição da pressão atmosférica, fazendo rebentar os vasos sanguíneos dos pulmões destes mamíferos.
Dos 75 morcegos dissecados no estudo, 69 apresentavam hemorragias internas. «Uma descida na pressão atmosférica ao redor das pás das turbinas é uma ameaça indetectável, e explica o grande número de fatalidades de morcegos», explica a cientista.
Não convencido com este estudo, António Sá da Costa, administrador da Enersis, uma das principais promotoras de parques eólicos em Portugal, salienta que «aparecem morcegos mortos por várias razões». Quanto ao facto de aparecerem mortos junto a parques eólicos, o responsável não se mostra surpreendido já que «vivem junto a essas áreas».

(Fonte: Tânia Nascimento)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Co-geração aumenta eficiência energética da refinaria de Sines

A central de cogeração da refinaria de Sines, que representa um investimento total de 75 milhões de euros, vai entrar em funcionamento em Novembro de 2009, adiantou ontem José Catarino, director da Refinaria de Sines, dia em que se iniciou a paragem programada da refinaria.
A central de cogeração de Sines, à semelhança da que está a ser construída no Porto, vem dar resposta às necessidades actuais e futuras decorrentes da optimização do sistema refinador. De acordo com José Catarino, esta unidade, com uma potência de 82 MW, terá capacidade para vender à rede até 64 MW, aumentando para 81 por cento o grau de eficiência energética do complexo industrial entre ciclo eléctrico e vapor. Por sua vez, a unidade de cogeração vai permitir a redução de cerca de 140 mil toneladas anuais de CO2, «uma vez que a queima é feita através de gás natural, ou seja, é livre de enxofre», contextualiza o director da refinaria de Sines. Em termos nacionais, o valor de emissões evitadas ronda as 500 mil toneladas anuais de CO2.
Os cálculos de José Catarino apontam ainda para uma redução do consumo energético da refinaria de Sines, de 42 MW para 37 MW em 2011. É nesse ano que a Galp Energia vai dar à refinaria de Sines «uma terceira vida», depois do seu primeiro nascimento em 1978, e do segundo ciclo de investimentos, na ordem dos 500 milhões de euros, a preços de 1994. O objectivo é, segundo Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp Energia, dotar o complexo industrial de maior complexidade processual e adaptá-lo às características do mercado, ou seja, maximizar a produção do gasóleo em 2,5 milhões de toneladas, já a partir de 2011, através da diminuição da produção de fuel óleo. Este projecto de modernização envolve um investimento de mais de 1000 milhões de euros.
Na cerimónia do aniversário da refinaria de Sines também se assinaram dois protocolos com a Câmara Municipal de Sines, em que a Galp Energia ficará responsável pelo investimento de seis milhões de euros na concepção e construção da «Cidade Desportiva», um complexo desportivo que «permitirá o desenvolvimento de várias modalidades de desporto e cultura de Sines», salientou Manuel Coelho, presidente da autarquia de Sines.

(Fonte: Ana Cristina Ferreira)

Caixa Geral de Depósitos inaugura maior central solar térmica do País

Foi hoje inaugurada a maior central solar térmica nacional, que se encontra instalada no edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Apesar de já estar a funcionar há cerca de seis meses, hoje teve lugar a inauguração oficial pelo ministro da Economia, Manuel Pinho.
Num investimento de 1, 2 milhões de euros, que terá o seu retorno em menos de 10 anos, os 1 600 m2 de colectores solares térmicos produzem cerca de 4 MWh por dia, o que equivale ao consumo de energia de 400 mil famílias. A central foi desenvolvida em parceria com a EDP.
A energia produzida é utilizada para aquecer água (sanitárias e das cozinhas) e para a climatização do edifício, tanto para ar quente como para ar frio. Para o efeito, a central conta com um chiller de absorção, que serve para arrefecer água para o sistema de refrigeração, tornando esta central na maior central solar térmica com sistema de arrefecimento na Europa.
O aquecimento de água do edifício, no qual trabalham cerca de 5000 pessoas, é, assim, inteiramente assegurado pela central solar, o que permite poupar cerca de 470 MWh. A restante energia produzida é aproveitada para a climatização do edifício, numa poupança de mais 500 MWh. A poupança anual estimada é de 1 200 MWh, o que corresponde entre 3 e 4 por cento do consumo anual do edifício sede. Os painéis permitem ainda uma poupança anual de carbono de 500 toneladas de emissões de CO2 e a uma poupança de electricidade equivalente ao consumo anual de 2000 habitantes.
«A Caixa Geral de Depósitos procura, com a instalação desta central, que equivale a mais de170 mil árvores em termos de absorção de CO2, dar um contributo importante para a sustentabilidade, um aspecto extremamente importante da nossa estratégia de responsabilidade social», disse Faria de Oliveira, presidente do banco estatal.
Já Manuel Pinho referiu que o exemplo da CGD «deve ser seguido por um maior número de empresas», já que «o futuro passa pelas energias renováveis e pela eficiência energética, e os vencedores serão aqueles que se empenharem na criação de um modelo sustentável».

(Fonte: Sofia Vasconcelos)

Tecnologia da WS Energia vai ser produzida em fábricas da Solar Monkey

A empresa portuguesa WS Energia e a norte-americana Solar Monkey assinaram, sexta-feira, um acordo com vista a produzir nos Estados Unidos uma nova geração de seguidores solares de alta precisão, elevada fiabilidade e baixo custo com base na tecnologia patenteada e galardoada da WS Energia.
O acordo vai permitir desenvolver unidades fabris nos Estados Unidos, com base na tecnologia de seguimento actualmente produzida e comercializada na Europa pela empresa nacional. Actualmente, a WS Energia tem produtos instalados em Portugal, Espanha, Suíça e Itália.
«Estamos muito satisfeitos pela parceria estabelecida com a WS Energia, uma empresa claramente empenhada em inovar nos desafios que se colocam actualmente no campo da energia. Estes sistemas de seguimento são fundamentais para a redução do custo da energia solar», salienta Matthew McCullough, presidente executivo da Solar Monkey.
Recorde-se que, em 2006, a tecnologia patenteada pela WS Energia ganhou o prémio BES Inovação e, no ano seguinte, a electrónica de controlo dos trackers foi distinguida pelo Live EDGE Electronic Design for Global Environment, pelo seu aumento de produção, facilidade de instalação e configuração geral.

(Fonte: Portal Ambiente)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Paisagem condiciona instalação de parques eólicos

Os parques eólicos estão a alterar a paisagem de muitas localidades portuguesas. A potência eólica instalada, no final de Junho de 2008, situava-se em 2526 MW e distribuía-se por 161 unidades, de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral de Energia e Geologia. A presença imponente de torres e aerogeradores vai intensificar-se nos próximos anos, devendo atingir os 5700 MW em 2012.
O facto de os locais de maior potencial eólico se situarem em cumeadas de serras, integradas em áreas protegidas ou sítios da Rede Natura 2000, tem vindo a chamar a atenção para os impactes ambientais desta fonte de energias renováveis, com destaque para o impacte paisagístico. Esta situação veio trazer maior exigência à avaliação ambiental dos parques eólicos, por exigir a justificação da compatibilidade entre a aptidão para a conservação e os impactes induzidos pelo projecto.
Não será de estranhar que, desde 2000, 20 das 113 ocorrências (17,7 por cento) de processos de AIA que apresentaram desconformidade de EIA digam respeito à instalação de parques eólicos. De qualquer forma, alerta António Sá da Costa, presidente da Apren, essa “sentença” significa que «o estudo tem deficiências ou está mal instruído. Mas a maior parte dos resultados dos estudos são favoráveis condicionados». Ou seja, o projecto pode avançar, mas cumprindo diversas exigências de minimização de impactes ambientais.
Da lista da Agência Portuguesa do Ambiente, das 112 ocorrências de processos de AIA da área da energia, 65 (58 por cento) são projectos de aproveitamentos eólicos. Só este ano estão indicados 8 parques. O exemplo mais recente, cuja decisão remonta a 14 de Agosto, é o da ampliação do Parque Eólico do Passarinho, do proponente Empreendimentos Eólicos Verde Horizonte.

Apesar da oposição à instalação de parques eólicos em zonas sensíveis, como áreas protegidas ou Rede Natura 2000, existe ainda um elevado potencial eólico por explorar nesses locais, acredita Luís Antunes, country manager da empresa Airtricity. O Parque de Montesinho, para onde a empresa irlandesa tem planos, é apenas um dos exemplos. «Do lado de cá ainda não há nada, mas do lado de lá da fronteira os espanhóis já estão a aproveitar o vento gerado na região», lembra o responsável.
Outra região a explorar é a Serra do Marão, o que levou a empresa irlandesa a assinar um acordo com a Hispano Lusa, do qual resultará a constituição da empresa Airtricity Marão, que será detida em 90 por cento pela Airtricity. A nova empresa será responsável pelo desenvolvimento de oito potenciais parques eólicos, cuja potência a instalar poderá rondar os 150 MW, nos municípios de Baião, Amarante e Mondim de Basto. «Há ali um raio de 5 a 10 km que tem um potencial enorme. Mas existem outras zonas com grande potencial, até fora da área protegida», afirma.
No mesmo sentido, Sá da Costa lembra que todas as zonas onde haja vento são interessantes, independentemente de estarem ou não em áreas protegidas. «Resta saber se os terrenos estão disponíveis e a que distância se encontra a subestação», diz.
Existência de linhas de alta tensão condiciona instalação
Para Aníbal Fernandes, presidente da Eneop, o potencial eólico, além do vento, tem de ter também em conta a proximidade da instalação de linhas de alta tensão. É por esta razão que afirma que «não há muito mais por explorar em termos eólicos». O especialista defende antes a substituição das máquinas antigas por novas. Desta forma, consegue-se mais potência com menos equipamentos.
A instalação de parques eólicos em áreas sensíveis, defende Hélder Spínola, presidente da Quercus, deve ser analisado caso a caso. «Nas áreas protegidas e na Rede Natura 2000 é necessário um cuidado acrescido. É preciso ter noção do potencial eólico em todo o território nacional para saber se não haverá outras áreas com igual potencial em zonas menos sensíveis», acrescenta o presidente da associação ambientalista, advogando também que se dê atenção às instalações offshore.

(Fonte: Tânia Nascimento)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

EDP Renováveis vai investir 3 mil milhões de euros em Espanha

A EDP Renováveis prevê investir 500 milhões de euros na Andaluzia e 3 mil milhões em Espanha, disse hoje o CFO da empresa portuguesa, Rui Teixeira, numa conferência sobre investimentos hispano-luso.
Rui Teixeira avançou que o investimento da participada da Energias de Portugal na província da Andaluzia deverá ser de 500 milhões de euros, em projectos de energias renováveis até 2012. Em Espanha, o investimento da EDP Renováveis deverá atingir os 3 mil milhões de euros, disse o responsável citado pela agência EFE.
O CFO da EDP Renováveis frisou que estes investimentos estão sujeitos às autorizações que forem concedidas para a construção de parques eólicos e elogiou a fixação de regras para a adjudicação da exploração dos parques eólicos levada a cabo pela Junta da Andaluzia.

(Fonte: Jornal de Negócios Online)

Governo aprova projecto da Itarion de produção fotovoltaica

O investimento da Itarion Solar, de 99,7 milhões de euros, conta a partir de agora com o apoio do Governo, no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, do Quadro de Referência Estratégico Nacional. O projecto consiste na criação, em Vila do Conde, de uma unidade industrial de produção de células fotovoltaicas a partir de silício, tecnologia inovadora em Portugal, com uma capacidade instalada de 100 MW por ano com potencial para se estender até 250 MW anuais.
O volume de vendas acumulado de 2008 a 2017 calcula-se em 2,2 mil milhões de euros, informa o Conselho de Ministros, em comunicado.
Utilizando a experiência da Qimonda nos processos de optimização das propriedades eléctricas do silício, este projecto traça como objectivo o aperfeiçoamento das matérias-primas, desenho das células, processo de fabrico, e a eficiência e as economias de escala.
Além disso, este investimento da Itarion Solar contribuirá para o aumento das exportações e para melhorar o saldo da balança comercial portuguesa de produtos electrónicos, já que a totalidade da produção se destina ao mercado externo, conclui o comunicado. Também se vão sentir impactos ao nível do desenvolvimento da região, «através de efeitos de arrastamento de actividades, da criação de emprego e da utilização de recursos locais», remata a mesma fonte.

(Fonte: Portal Ambiente)

Consumo de energia cresce na Sonae Distribuição

Clarabóias do tipo solartube, regulação automática do fluxo luminoso das lâmpadas, painéis fotovoltaicos, colectores solares e lâmpadas de tecnologia LED foram algumas das medidas introduzidas em 2007 pela Sonae Distribuição, para reduzir o seu consumo de energia.
Ainda assim, em 2007, o consumo de energia eléctrica da empresa foi de 319 Gwh, mais cerca de 15 por cento do que no ano anterior, que correspondeu a uma emissão de 155 234 toneladas de CO2 equivalente. Esta é, de resto, uma tendência que se verifica desde 2004.
De acordo com o relatório de sustentabilidade da Sonae Distribuição, lançado este mês, a evolução dos consumos de energia eléctrica, nos últimos 4 anos, «reflecte o ciclo de expansão da empresa e as necessidades crescentes da sua utilização para melhoria do conforto térmico e luminoso das instalações, bem como para a produção de frio para a conservação dos produtos alimentares».
Apesar daquelas condicionantes, acrescenta, «temos conseguido compensar a tendência de crescimento dos consumos dos últimos anos, mantendo estabilizado o indicador do consumo por m2».

Menos resíduos para aterro
Em 2007, a Sonae Distribuição gerou cerca de 46 170 toneladas de resíduos. Os principais tipos de resíduos são o cartão e os resíduos sólidos urbanos que, no seu conjunto, representaram 89 por cento da produção total.
Comparativamente ao ano de 2006, registou-se uma redução das percentagens de resíduos enviados para aterro ( menos 4 por cento) e para incineração (menos 1 por cento) e um acréscimo das percentagens de resíduos enviados para reciclagem (mais 4 por cento) e para compostagem (mais 1 por cento).
O ano de 2007 fica ainda assinalado por um forte crescimento dos quantitativos de resíduos enviados para reciclagem (mais 22 por cento relativamente a 2006) e pelo início da recolha e envio de resíduos equipamentos eléctricos electrónicos (REEE) para reciclagem.

(Fonte: Tânia Nascimento)

Efacec fornece equipamentos ao complexo de Alqueva

A Efacec foi a empresa escolhida para fornecer os equipamentos da estação elevatória de Brinches e da central mini-hídrica de Serpa, no âmbito do concurso lançado pela EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.
A empreitada, que tem um prazo de execução previsto de 16 meses, representa um investimento de 6,8 milhões de euros.
No caso da estação, localizada a jusante da barragem de Brinches, as obras vão permitir a bombagem de um caudal máximo de 9,1 metros cúbicos por segundo, da barragem para o reservatório, com uma conduta de 4,4 quilómetros de comprimento.

(Fonte: Portal Ambiente)

Portalegre recebe pós-graduações em valorização ambiental e eficiência energética

Até 15 de Setembro, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico de Portalegre, tem candidaturas abertas para as pós-graduações em valorização ambiental e produção de energia e em eficiência energética de edifícios.
A primeira pretende, em termos práticos, «conferir, a engenheiros licenciados em diferentes áreas, competências nos campos da valorização e tratamento de resíduos e da produção de energias renováveis e alternativas». O primeiro módulo do curso faz uma abordagem geral e diversificada no âmbito da política, economia e gestão da energia; o segundo módulo debruça-se sobre a eficiência energética na indústria; já o terceiro e o quarto módulos fazem uma abordagem sobre a gestão, tratamento e valorização de efluentes líquidos e gasosos, bem como sobre os resíduos sólidos. Os cinco módulos seguintes estão vocacionados para a energia dos recursos renováveis, enquanto que o último aborda as questões da gestão e avaliação de projectos.
No caso do curso em especialização em eficiência energética, o objectivo é oferecer «uma visão alargada das medidas que podem ser aplicadas em edifícios, novos e usados, de forma a aumentar a sua autonomia energética, com recurso a sistemas passivos e activos que conduzam a um aumento da sua eficiência energética», indica a instituição de ensino. Será dada especial relevância à nova legislação relativa ao comportamento térmico de edifícios, assim como aos sistemas de produção de águas quentes, sistemas de produção de energias renováveis com aplicação em edifícios e sistemas AVAC.
Ambos os cursos têm a mesma carga horária, 264 horas em 35 semanas, e o mesmo preço, 2200 euros para alunos e ex-alunos, e 2500 euros para o público em geral. O período de matrículas decorre entre 22 e 26 de Setembro.

(Fonte: Portal Ambiente)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Águas do Douro e Paiva poupa energia com optimização de estação elevatória

A Águas do Douro e Paiva está a realizar várias intervenções nas estações elevatórias do sistema multimunicipal de abastecimento de água da área do Grande Porto, com o objectivo de melhorar a eficiência energética destas instalações, adianta o grupo Águas de Portugal (AdP).
A optimização do sistema de comando da estação elevatória de Escariz, intervenção concluída em Julho, permitiu garantir «uma maior eficiência no funcionamento dos grupos de bombagem de acordo com o tarifário energético da EDP», sublinha a holding.
De acordo com os dados da AdP, será possível alcançar uma poupança de 154 euros na factura da electricidade da estação elevatória. A mesma intervenção já foi realizada nas instalações de S. João de Ver e Vale de Ferreiros e deverá ser replicada noutras quatro estações elevatórias do sistema gerido pela Águas do Douro e Paiva – Milheirós de Poiares, Lixa, Santa Eulália e Feiteira.

(Fonte: Portal Ambiente)

PPEC 2007 promove poupanças de 46 milhões de euros

As iniciativas de eficiência energética implantadas no segmento residencial e da indústria, no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica de 2007 (PPEC), permitiram poupanças de energia eléctrica, com um benefício social de 46 milhões de euros.
Promovido pela ERSE, as 26 medidas do PPEC 2007 permitiram poupar o equivalente ao consumo anual de 165 mil famílias.
O valor das poupanças de energia eléctrica acumuladas, resultantes da implantação das medidas do PPEC 2007 no segmento residencial, é de 275 GWh (ou 104 mil toneladas de CO2), o que equivale ao consumo anual de 100 mil famílias.
Neste segmento, incentivou-se a utilização de 900 000 lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) e de 7000 frigoríficos eficientes (classe A/A+), ultrapassando os valores inicialmente perspectivados (550 mil lâmpadas e 5 500 frigoríficos). Para esta vertente estima-se um benefício social de 26 milhões de euros.
No sector da indústria, o valor das poupanças de energia eléctrica acumuladas, resultantes da aplicação das medidas é de 184 GWh (ou 68 mil toneladas de CO2), o que equivale ao consumo anual de 65 000 famílias. Estas poupanças apresentam um benefício social de 20 milhões de euros.

(Fonte: Portal Ambiente)

Martifer constrói fábrica de torres eólicas no Texas

A Martifer vai iniciar este mês a construção de uma fábrica de torres eólicas, nos Estados Unidos. Localizada na cidade de San Angelo (Texas), esta é a segunda fábrica de torres eólicas que o grupo Martifer constrói, num espaço de 4 anos, representando um investimento que ronda os 40 milhões de dólares. O pacote de incentivos atribuídos pelo Estado do Texas, de 945 mil dólares, foram «determinantes para a Martifer se decidir pelo Texas para a localização desta unidade», justifica a Martifer.
A empreitada deverá estar concluída no segundo semestre de 2009 e para 2013 calcula-se a uma capacidade de produção anual de 400 torres. «Esta fábrica será a alavanca da actividade da Martifer Energy Systems nos Estados Unidos, um novo mercado para a área de negócio dos equipamentos para energia e uma enorme oportunidade para a expansão das actividades de fornecimento de parques eólicos chave-na-mão, alinhando com as restantes áreas de negócio do grupo na estratégia definida para este segmento», conclui.

(Fonte: Portal Ambiente)

Grande Lisboa recicla mais de três milhões de pilhas e baterias em 2007

Lisboa e Setúbal são os distritos do País que mais contribuíram para a recolha de pilhas e baterias, com praticamente metade (40 por cento) do total nacional. Em 2007, a região da Grande Lisboa recolheu cerca de três milhões de unidades, revelam os últimos dados da Ecopilhas, sociedade gestora de resíduos de pilhas e acumuladores que, desde o início da sua actividade em 2004, conta com mais de 61 milhões de unidades recolhidas.
No desempenho dos portugueses por região, quanto à entrega de pilhas e acumuladores usados, o Litoral - Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria - apresenta-se na segunda posição, contribuindo com 20 por cento do total nacional. Segue-se a região do Grande Porto com 15 por cento. Ainda com valores muito próximos, encontra-se a região do Interior Norte - Bragança, Castelo Branco, Guarda, Santarém, Viseu e Vila Real –, perfazendo 10 por cento do total de entregas, o que representa mais de 898 mil unidades.
Ao longo dos quatro anos de actividade da Ecopilhas, a posição no ranking de cada uma das regiões do País «tem-se mantido inalterável, sendo que a região da Grande Lisboa tem sido em regra a que mais contribui para o total nacional de recolha de pilhas e acumuladores. Por outro lado, as recolhas têm sido menos significativas nas ilhas da Madeira e Açores, na região do Algarve (distrito de Faro) e no Interior Sul - Portalegre, Beja e Évora. Este desempenho é, em parte, explicado pela relação entre a quantidade de recolhas e a densidade populacional destas regiões», justifica a Ecopilhas em comunicado.

(Fonte: Portal Ambiente)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Registo das instalações consumidoras intensivas de energia até 15 de Outubro

As empresas e operadores de instalações consumidoras intensivas de energia (CIE), com consumos anuais iguais ou superiores a 500 toneladas equivalentes de petróleo (500/tep/ano), têm de efectuar o registo online em www.adene.pt até dia 15 de Outubro, de acordo com o quadro legal para a eficiência energética.
Esta obrigatoriedade resulta do Decreto-Lei n.º71/2008, publicado em 15 de Abril, que regula o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), uma das medidas previstas no PNAEE – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (2008-2015).
O SGCIE vigora desde 15 de Junho de 2008 para todos os sectores de actividade com incidência na indústria e tem como objectivo promover a eficiência energética no parque empresarial português, através da utilização de fontes de energia renováveis e de recursos endógenos.
Para tal, o SGCIE define um conjunto de medidas regulamentares, a ser implementado nas instalações CIE após a primeira fase de registo no site da Agência para a Energia (Adene). É, assim, obrigatória a realização de auditorias energéticas periódicas e a elaboração de Planos de Racionalização dos Consumos de Energia e dos respectivos Relatórios de Execução e Progresso.

(Fonte: Portal Ambiente)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

EDP compra distribuidora Gás Mérida por 15 milhões

A EDP, através da sua empresa Naturgas Energia, chegou a um acordo com a Iniciativas Emeritenses e Extremadura 2000 de Gas, para a aquisição da Gás Mérida, por 15 milhões de euros.
A Gás Mérida é uma companhia distribuidora de gás natural com sede social em Mérida, a capital da Comunidade Autónoma da Estremadura. Iniciou a sua actividade em 2001, e actualmente conta com 100 Km de redes. A sua facturação em 2007 foi de 1,7 milhões de euros.
O acordo, que supõe a compra de 100 por cento da distribuidora da Estremadura, deverá ser aprovado pelo Serviço de Defesa da Competência do Ministério de Economia e Hacienda e pela Comissão Nacional de Energia (CNE).
Esta operação de compra enquadra-se na estratégia de crescimento já anunciada pela EDP, via Naturgas Energia, mediante o aproveitamento de oportunidades de investimento em operações rentáveis, incluindo os mercados não tradicionais da empresa, como é o caso da Estremadura.
A Naturgas Energia prevê um investimento na rede de de 3,8 milhões nos próximos quatro anos. A empresa fornece gás e electricidade a empresas e particulares, e está presente com infra-estruturas próprias em sete comunidades autónomas: País Basco, Astúrias, Catalunha, Castilla e León, Madrid, Murcia e Navarra.

(Fonte: Portal Ambiente)

Forestech ganha novas centrais de biomassa

Mais de 18MW de energia é o que a Forestech vai produzir com as suas novas centrais de cogeração a biomassa. Trata-se de unidades compactas que usam a tecnologia de vanguarda no uso de biocombustíveis sólidos.
As unidades serão instaladas em Faro, Olhão, Loulé, Aljezur, Castro Marim, Palmela, Seixal, Arruda dos Vinhos e Torres Vedras, nomeadamente em parques para produção de biocombustivel, unidades de turismo, unidades agrícolas industriais, parque de reciclagem, e num centro empresarial e comercial.
Estas novas centrais utilizam biomassa como combustível, produzindo energia eléctrica e térmica. A tecnologia utilizada, refere a empesa, permite um rendimento global de aproveitamento de energia (térmica e eléctrica) da ordem dos 90 por cento, um valor superior ao das centrais de queima dedicada de biomassa para produção exclusiva de energia eléctrica.

A Forestech é uma empresa do grupo Ambigroup, que iniciou actividade em 2004. Juntamente com a Tecneira, ganhou os concursos para centrais de biomassa lançados pelo Governo, nos lotes de Santarém, Beja e Faro.

(Fonte: Portal Ambiente)

WS Energia ultima comercialização de novo produto

O sistema DoubleSun tem sido o trunfo para a empresa responsável pelo seu desenvolvimento, a WS Energia, que venceu a edição de 2006 do Concurso Nacional de Inovação do Banco Espírito Santo. A partir de Novembro, a empresa iniciará a comercialização do seu novo sistema, que passará a ter mais um módulo fotovoltaico, ou seja, cinco no total.
Na área da microgeração, o objectivo é chegar ao final do ano com mais de 100 instalações concretizadas. «Até Julho tínhamos 60 instalações, mas esperamos duplicar este número até ao final de 2008, o que equivalerá a 300 DoubleSun», afirma ao AmbienteOnline João Wemans, um dos responsáveis pela empresa.
Em resposta à solicitação nacional recente na área da microgeração, a WS Energia tem registado um forte interesse nos seus sistemas de seguimento e concentração solar de alta tecnologia e rentabilidade. Quando foi fundada, em 2006, a empresa estava muito virada para o mercado internacional, uma situação que se alterou a partir de Novembro de 2007, com a publicação do decreto-lei da microgeração. Agora, cerca de 50 por cento da sua produção é destinada ao mercado nacional, sendo a outra metade dirigida para as grandes centrais fotovoltaicas.

(Fonte: Tânia Nascimento)