terça-feira, 23 de setembro de 2008

Barragens adjudicadas valem 1850 milhões de euros

Quase um a seguir ao outro. Os concursos públicos para a construção e exploração dos 10 aproveitamentos hidroeléctricos do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico já foram todos lançados. O último a ser aberto refere-se à barragem de Pinhosão (77 MW), localizada no rio Vouga, e cujas candidaturas devem ser apresentadas até ao dia 27 de Outubro.
A esta barragem junta-se a de Girabolhos, cujo concurso está aberto até dia 20 de Outubro, sendo o investimento conjunto entre 200 e 340 milhões de euros.
Alvito, Fridão e Almourol, que vão aumentar em 392 MW a capacidade de produção hídrica do País, já têm os concursos fechados. As duas primeiras barragens foram adjudicadas à EDP, que apresentou um valor de 161,7 milhões de euros a concurso. O investimento total na construção das duas centrais está estimado em 510 milhões de euros, com início de operação previsto para 2016.

A barragem de Almourol (78 MW) não atraiu o interesse dos privados. Por sua vez, a Iberdrola ganhou a corrida ao lote de quatro novas barragens – Gouvães, Padroselos, Vidago e Daivões, todas situadas no rio Tâmega. O caderno de encargos pedia uma capacidade total de 424 MW, e um investimento entre 450 e 760 milhões de euros, mas a Iberdrola subiu a parada, apresentando um investimento de 1000 milhões de euros e uma potência total de 1134 MW.
De qualquer modo, a EDP continua a estar à frente na exploração dos aproveitamentos hidroeléctricos, tendo em conta que actualmente dispõe de 4650 MW instalados de potência em Portugal Continental e mais 692 MW em carteira. Depois de ter exercido o seu direito de preferência para a barragem de Foz do Tua, o Governo já procedeu à adjudicação provisória do aproveitamento. O investimento estimado para a construção da central e das respectivas infra-estruturas hidráulicas é de 340 milhões de euros.

(Fonte: Ana Cristina Ferreira)

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