quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Offshore marcará crescimento português na eólica depois de 2015

Portugal terá de investir nos parques eólicos offshore de modo a fazer face ao decréscimo de instalação de energia eólica que se começará a verificar em 2015. Quem o diz é Ana Estanqueiro, directora da unidade de energia eólica e dos oceanos do Instituto de Engenharia, Tecnologia e Inovação, que participou no seminário sobre energia eólica offshore, promovido pela Embaixada Britânica, e que decorreu esta manhã no Centro Cultural de Belém.
Segundo a investigadora, numa primeira fase será possível instalar cerca de 3500 MW de potência eólica offshore com tecnologia convencional. A costa norte de Portugal, principalmente Viana do Castelo e Porto, tem a 40 metros de profundidade um potencial de 500 MW. Já no centro, entre Peniche e Cascais, esse potencial pode chegar aos 700 MW, sendo que a zona da Figueira da Foz pode representar 100 MW, e a zona de Lisboa poderá disponibilizar 1000 MW. Numa segunda fase, a especialista refere que será necessário recorrer a tecnologia flutuante para o deep offshore, a instalar a pelo menos 40 metros de profundidade.
O evento reuniu várias empresas e associações da Grã-Bretanha que se dedicam à energia eólica offshore, tanto ao nível do projecto, como da construção, manutenção, investimento e investigação. Os oradores salientaram as oportunidades que se abrem às empresas portuguesas que queiram ser parceiros ou investidores nesta área na Grã-Bretanha, uma vez que foi lançada uma terceira fase de disponibilização de locais pelo governo britânico, com vista à instalação de parques eólicos deep offshore.
De acordo com alguns dos oradores, o Reino Unido beneficia da experiência obtida com as plataformas de petróleo e gás natural, e a Escócia tem mesmo 25 por cento do potencial europeu de energia eólica offshore. Até 2020 a expectativa é chegar à instalação de 25 GW de energia eólica offshore.

(Fonte: Sofia Vasconcelos)

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