sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mercado do fotovoltaico parado

Em Portugal são vários os actores que têm vindo a posicionar-se no negócio do solar fotovoltaico e térmico. As maiores centrais localizam-se no Alentejo. É o caso da Central Fotovoltaica de Serpa, com 11 MW de potência que concluiu o seu primeiro ano de funcionamento no passado mês de Março.
Para Piero dal Maso, sócio-gerente da Catavento, empresa que participou neste projecto propriedade da General Electric Financial Services, este é um investimento que faz todo o sentido ter esta escala. «A energia é consumida localmente, não havendo grandes perdas», afirmou o responsável ao AmbienteOnline.
Um cenário inverso sucede com a central de Moura, refere o responsável, no entanto, é preciso não esquecer outras vantagens associadas àquele projecto, nomeadamente a criação de uma fábrica de painéis solares. No início de Julho a central fotovoltaica de Moura deverá estar totalmente operacional. O projecto, que se arrasta há vários anos, ganhou um novo fôlego, depois de em Março a unidade ter começado a produzir energia. Nesta fase foi feita a ligação de apenas 2,5 MW de potência de injecção na rede. De qualquer forma, aquela que foi sempre apresentada como a maior central fotovoltaica do mundo, e que vai implicar um investimento de 237,6 milhões de euros, viu substancialmente a sua potência reduzida. Estava previsto que a unidade tivesse uma potência de 62 MW, sendo que agora apenas vão ser instalados 46,41 MW de pico e 35 MW de potência de injecção na rede.
Além destes dois projectos, há poucos exemplos no País de outras unidades do género. «O mercado está parado, apesar de ainda não se ter alcançado a meta de 200 MW definida pelo Governo», denuncia o sócio-gerente da Catavento. Para dar resposta a esta situação, a empresa tem trabalhado sobretudo fora do País. «Em Espanha temos 10 MW e na Grécia estamos a licenciar 36 MW em projectos semelhantes à unidade de Serpa. Poderemos avançar também para as ilhas gregas e para a Bulgária», acrescentou.
Para inverter a situação do mercado português, seis empresas da indústria solar fotovoltaica formaram um cluster para criar um verdadeiro mercado nacional. Constituído por DST Solar, Martifer Solar, Open Renewables, WS energia, Solar Plus e Net Plan, o recém-criado grupo está já a delinear uma estratégia para «abrir o mercado nacional do solar fotovoltaico, de modo a torná-lo mais liberal e democratizado».

(Fonte: Portal Ambiente)

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