quarta-feira, 7 de maio de 2008

Escala de produção não determina sucesso de projectos fotovoltaicos

A experiência internacional do grupo Open Renewables em mercados consolidados na energia solar, como o alemão, vem comprovar que «não há preferências por uma escala de produção» para este tipo de energia renovável. A garantia é dada por José Luz, director comercial da Lobosolar, empresa de projectos do grupo, que salienta que «o exemplo da central fotovoltaica de Munique retrata bem o sucesso de um projecto em grande escala». A unidade satisfaz, actualmente, 90 por cento das necessidades energéticas daquela cidade alemã.
De resto, a Alemanha é um dos países que se tem destacado nesta matéria. O mercado alemão foi o que mais cresceu em 2006 e 2007, liderando este tipo de energia, juntamente com o Japão e os Estados Unidos. Estes países representam juntos cerca de 89 por cento do total da capacidade fotovoltaica instalada.
Na área das energias renováveis, nomeadamente na energia solar, Portugal deve olhar para os exemplos da Espanha, Alemanha e Japão, não só para «não repetir erros do passado», mas também porque «não há necessidade de inventar quando já existem bons exemplos», conclui José Luz.
Para o especialista existe mercado tanto para a grande como para a pequena escala. No entanto, «tudo dependerá do local do projecto e da forma como é instalado e explorado, bem como da existência de um quadro legal favorável ao seu desenvolvimento», acrescenta. Se forem projectos de pequena escala de produção «há que aproximá-los do local de consumo», explica José Luz. No caso de centrais solares fotovoltaicas, de que é exemplo a de Moura,«faz sentido estar perto de centros com grande capacidade de distribuição eléctrica», já que a escala de produção é de maior dimensão. «A central de Moura está bem localizada porque está bastante próxima do empreendimento do Alqueva», finaliza.

(Fonte: Portal Ambiente)

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