sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fase comercial da energia das ondas dentro de 5 anos

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Electricidade, da Redes Energéticas Nacionais, considera já como hipótese a existência, em 2019, de 550 MW de potência offshore. De qualquer modo, avisa o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren), «espero bem que em 2020 haja mais de 1000 MW de potência instalada para produzir electricidade a partir das ondas».
Quanto ao vento offshore ainda vai ter de se evoluir muito para ser interessante para Portugal, «dada a forma como a sua plataforma costeira se desenvolve e pelo facto de em terra ainda haver muitos locais por explorar», explica.
Ao longo da costa portuguesa há mais de 250 km de áreas que podem ser aproveitadas para produção eléctrica a partir das ondas. Num período de 20 a 30 anos, acredita António Sarmento, director do Centro de Energia das Ondas, poderá atingir-se uma potência instalada de 5000 MW, à qual deve ser adicionada os potenciais da Madeira e dos Açores. No total o investimento para o aproveitamento da energia das ondas ultrapassará os 5000 milhões de euros. Apesar das estimativas, «só daqui a 5 anos é que estaremos na fase comercial da energia das ondas», admite.
De resto, o especialista alerta para que a excessiva expectativa na velocidade do desenvolvimento tecnológico pode ser um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do mercado, «levando ao desinteresse, e mesmo a uma atitude cínica, quando surgem as primeiras dificuldades, entre os quais o deslize dos prazos para a concretização dos objectivos e o agravamento dos custos são os mais frequentes».

(Fonte: Tânia Nascimento)

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