segunda-feira, 21 de abril de 2008

Portugal ultrapassou em 2006 limites de Quioto em 13 por cento

Os dados de 2006, disponibilizados na última semana no sítio internet da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, apontam para 40 por cento de emissões de gases de efeito de estufa (GEE) acima de 1990, ou seja, 13 por cento acima do limite fixado pelo Protocolo de Quioto.
O Protocolo de Quioto, em vigor desde Janeiro de 2008, exige que Portugal não exceda a fasquia dos 27 por cento de aumento de emissões de GEE até 2012, em relação a 1990. O facto de o País ter ultrapassado, em 2006, quase o dobro do limite fixado por Quioto expõe «a incapacidade de implantação de muitas medidas do Programa Nacional para as Alterações Climáticas para a redução das emissões no País, em particular na área do transporte rodoviário», avalia a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, em comunicado.
Em 2006 as emissões de GEE atingiram cerca de 82,7 milhões de toneladas, o que significa uma emissão per capita de aproximadamente 8,27 toneladas/ano. Nesse ano registou-se no sector da produção de electricidade uma redução de três milhões de toneladas de dióxido de carbono entre 2005 e 2006 devido, nomeadamente, a uma «forte redução das emissões no sector da produção de electricidade» e a uma redução das emissões na produção térmica. Por outro lado, registou-se ainda um incremento da produção de origem eólica de 1200 GWh.
Quanto ao consumo de gasóleo, houve «uma enorme redução» no sector dos serviços e de gás butano e propano ao nível das emissões resultantes de processos de combustão nos sectores residencial e de serviços, «o que poderá eventualmente ser resultado do Inverno mais ameno que se fez sentir em 2006», explica a Quercus. Na prática essa situação traduziu-se numa redução de 1,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

(Fonte: Portal Ambiente)

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