terça-feira, 15 de abril de 2008

Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução de energia em dez por cento até 2015

O Plano Nacional para a Eficiência Energética prevê a redução do consumo de energia em dez por cento até 2015 e será aprovado na próxima semana, anunciou hoje o primeiro-ministro, durante o debate quinzenal no Parlamento.José Sócrates declarou que ainda este mês ficará disponível o Fundo para as Energias Renováveis, que envolverá cerca de 70 milhões de euros. Este fundo destina-se a "apoiar projectos apresentados por múltiplas entidades e a promover a formação avançada no domínio da eficiência energética e das energias renováveis". Em relação ao Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, Sócrates referiu que a poupança dos consumos na ordem dos dez por cento, até 2015, "permitirá ultrapassar a meta da União Europeia". Segundo o primeiro-ministro, a estratégia "contará com os contributos dos vários sectores de actividade, com o Estado a liderar em termos de eficiência, com uma economia induzida de cerca de 12 por cento". Perante os deputados, o primeiro-ministro aproveitou também para fazer um breve balanço da política de energia seguida pelo Governo ao longo dos últimos três anos. De acordo com Sócrates, nos últimos três anos, o seu executivo "resolveu crises nas empresas participadas pelo Estado, dando-lhes orientações claras", razão pela qual "hoje têm estabilidade accionista e condições de concorrência aberta e leal". "Estabelecemos parcerias internacionais estratégicas no aprovisionamento de petróleo e gás natural; desenvolvemos infra-estruturas de armazenamento e transporte do gás natural e reforçámos a capacidade de interligação eléctrica com Espanha", sustentou o chefe do Governo. Ainda na perspectiva de Sócrates, desde 2005, Portugal "acelerou o processo de liberalização do mercado e concretizou efectivamente o MIBEL, que se tornou o segundo mercado regional a ser criado na Europa". "Este Governo adoptou uma política tarifária que defende os consumidores" e "dinamizou a iniciativa empresarial no sector, com o lançamento de sucessivos concursos para a energia eólica, energia hídrica e para a construção de quatro centrais de ciclo combinado", acrescentou.

(Fonte: Jornal Público)

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